Bolsa família ou liberdade econômica?

editado March 2023 em Religião é veneno
O Bolsa família é o MELHOR programa social criado no Brasil até hoje.
*Diferente do que dizem, de que ele é meramente a reunião de outros programas como o leve leite, vale gas, cestas básicas e outros, o bolsa família na verdade difere deles na forma como o dinheiro é dado diretamente para as famílias.

(*Esse trecho foi refutado no segundo comentário abaixo)

Programas de entrega de leite, cesta básica e gas tem dois grandes problemas.
O primeiro está na logística.
Pra entregar leite e cestas básicas o governo incompetente precisa comprar essas coisas e depois arrumar armazéns para guardar os produtos, caminhões para distribuir, etc... Em cada etapa está aberta uma brecha para a corrupção, seja na compra superfaturada do produto, nos aluguéis superfaturados dos armazéns ou na contratação do transporte e distribuição.

Fora a corrupção existe a incompetência. Já estamos vendo ai os milhões jogados fora com vacinas de COVID vencidas, o mesmo ocorria com leite e produtos da cesta básica.
Alimentos que ao invés de matar a fome de quem precisa, acabavam apodrecendo nos centros de distribuição do estado.
Centros esse que também serviam de cabides de empregos das estatais de distribuição de alimentos que cuidavam disso tudo.

O Bolsa família não tem nada disso e embora ainda existam fraudes a dimensão do problema é muito menor.

O segundo problema dos antigos programas estava na questão da LIBERDADE do cidadão decidir qual a prioridade dele.
Uma mãe com filha adolescente pode necessitar mais de absorventes do que de leite, que seria mais útil para uma mãe com criança pequena.
Um casal de idosos pode estar mais necessitado em fazer um prótese dentaria ou um tratamento de canal.

O cidadão tem autonomia para saber qual é o tipo de necessidade que se abate sobre ele, e, com dinheiro na mão, ele tem a capacidade de livremente ir tratar dela.
Uma cesta básica e um vale gas são uteis, mas não resolvem a dor de dente de quem precisa tratar dos dentes.

Feito aqui o elogio honesto ao programa, quando comparado a qualquer outro programa já criado no Brasil, seria o bolsa família de 600 reais melhor do que um emprego de 600 reais?

Não seria mais eficaz eliminar o salario mínimo e jogar fora toda a CLT, eliminar todo o imposto sobre a mão de obra, comida e remedios e deixar os empresários criarem postos de trabalho para pagar salários de 600, 700 ou 800 reais?

Um parenteses aqui com uma pergunta retórica. Por que quando o governo da de esmola 600 reais o povo aplaude, mas quando o empresario cria um emprego de 900 reais o povo diz que é subemprego, escravidão e empresario explorador?

Vejamos, o governo não tem dinheiro.
Todo dinheiro que ele da ao cidadão com a mão esquerda, ele antes tirou do bolso do próprio cidadão com a mão direita.

Os 600 reais que a mulher recebe, quando ela vai comprar o gas que é monopólio do estado ela vai pagar imposto, se for comprar leite, absorvente, ou tratar os dentes, vai pagar imposto.
Isso sem contar a inflação que é também uma forma de imposto escondida criada pelo estado.

Não seria mais lucrativo para o cidadão se com menos impostos todos esses itens custassem menos?
Qual seria o poder de compra de um salario de 600 reais conseguido com um emprego, sem tantos impostos?

Teríamos aqui um beneficio duplo, porque o governo não precisa distribuir bolsa família, não precisa cobrar tantos impostos o que faz tudo ser mais barato e porque o governo não impede a criação de empregos, eles se multiplicam e as pessoas ao invés de receber 600 reais de bolsa família arruam trabalhos que pagam a partir de 600 reais os quais vão poder comprar produtos mais baratos.

Sem o estado atrapalhando mais empresas surgem, hora derrubando preços devido a concorrência entre fornecedores, hora sendo aumentando os salários devido a competição pela mão de obra.

A diferença entre o bolsa família e a liberdade econômica é que no primeiro caso não existe porta de saída e o dinheiro que se da com uma mão se tirou com a outra. No segundo caso temos um mecanismo auto sustentável de criação de renda que além da DIGNIDADE dá ao cidadão no longo prazo a porta de saída da miséria que a esmola nunca dá.

A esmola mantém o cidadão na dependência, não cria riqueza, somente move riqueza. Já a liberdade econômica cria as condições ideais para a geração de riqueza nova e a perspectiva de oportunidades e aumento de salários no futuro próximo.

E da mesma forma que o dinheiro do bolsa família nas mãos do povo permite a ele determinar as prioridades de cada individuo ao invés do governo impor que o cidadão precisa de gas ou leite, a liberdade econômica permite ao cidadão a escolha sobre que problemas sociais devem ser atacados primeiro, ao invés de politicos incompetentes e corruptos decidirem isso centralmente.

Cada empresa nova criada pelo cidadão, existe para resolver um problema social, seja o da necessidade de aguá, esgoto, transporte, alimentação, saúde ou segurança.
Cada lugar e cada região tem necessidades distintas e o cidadão está mais apto a decidir isso através de oferta e procura, do que o estado através do planejamento central.

O melhor programa social do estado não é melhor nem mais eficiente do que a criação de empregos, produtos e serviços.
Por que deveríamos transferir a renda através do governo para esse programa, se podemos deixar a renda ser distribuída através do emprego e da criação de empresas?

O problema real está no erro de raciocínio de quem aplaude os 600 reais do bolsa família e condena empresários "malvados" querendo pagar menos de 1000 reais pelo trabalho de quem está desempregado.
O problema é a ideologia, o preconceito e o julgamento que se faz em cada caso.

Se um politico distribui 600 reais que não pertencem a ele, fazendo falsa caridade com o bolso alheio, muitos por ignorância ou preconceito veem isso como ato de "compaixão". Ao mesmo tempo julgam mal um empresario que do próprio bolso paga um salario de 800 reais e veem isso como um ato de "exploração".

A culpa está na forma como quem olha ambos os fatos julga cada situação através do preconceito pessoal.
No fim somos nós e nosso modo de pensar enquanto brasileiros quem fazemos do Brasil EXATAMENTE o que ele é.

O Brasil real é o espelho do nosso interior.
Se vivemos numa nação corrupta é porque nossas almas e pensamentos estão corrompidos.

Comentários

  • Você tem ótima visão crítica da Política e de Economia. Falando sério, já pensou em se eleger para algum cargo na sua cidade?
  • NadaSei escreveu: »
    O Bolsa família é o MELHOR programa social criado no Brasil até hoje.
    Diferente do que dizem, de que ele é meramente a reunião de outros programas como o leve leite, vale gas, cestas básicas e outros, o bolsa família na verdade difere deles na forma como o dinheiro é dado diretamente para as famílias.

    Programas de entrega de leite, cesta básica e gas tem dois grandes problemas.
    O primeiro está na logística.
    Pra entregar leite e cestas básicas o governo incompetente precisa comprar essas coisas e depois arrumar armazéns para guardar os produtos, caminhões para distribuir, etc... Em cada etapa está aberta uma brecha para a corrupção, seja na compra superfaturada do produto, nos aluguéis superfaturados dos armazéns ou na contratação do transporte e distribuição.

    Fora a corrupção existe a incompetência. Já estamos vendo ai os milhões jogados fora com vacinas de COVID vencidas, o mesmo ocorria com leite e produtos da cesta básica.
    Alimentos que ao invés de matar a fome de quem precisa, acabavam apodrecendo nos centros de distribuição do estado.
    Centros esse que também serviam de cabides de empregos das estatais de distribuição de alimentos que cuidavam disso tudo.

    O Bolsa família não tem nada disso e embora ainda existam fraudes a dimensão do problema é muito menor.

    O segundo problema dos antigos programas estava na questão da LIBERDADE do cidadão decidir qual a prioridade dele.
    Uma mãe com filha adolescente pode necessitar mais de absorventes do que de leite, que seria mais útil para uma mãe com criança pequena.
    Um casal de idosos pode estar mais necessitado em fazer um prótese dentaria ou um tratamento de canal.

    O cidadão tem autonomia para saber qual é o tipo de necessidade que se abate sobre ele, e, com dinheiro na mão, ele tem a capacidade de livremente ir tratar dela.
    Uma cesta básica e um vale gas são uteis, mas não resolvem a dor de dente de quem precisa tratar dos dentes.

    Feito aqui o elogio honesto ao programa, quando comparado a qualquer outro programa já criado no Brasil, seria o bolsa família de 600 reais melhor do que um emprego de 600 reais?

    Não seria mais eficaz eliminar o salario mínimo e jogar fora toda a CLT, eliminar todo o imposto sobre a mão de obra, comida e remedios e deixar os empresários criarem postos de trabalho para pagar salários de 600, 700 ou 800 reais?

    Um parenteses aqui com uma pergunta retórica. Por que quando o governo da de esmola 600 reais o povo aplaude, mas quando o empresario cria um emprego de 900 reais o povo diz que é subemprego, escravidão e empresario explorador?

    Vejamos, o governo não tem dinheiro.
    Todo dinheiro que ele da ao cidadão com a mão esquerda, ele antes tirou do bolso do próprio cidadão com a mão direita.

    Os 600 reais que a mulher recebe, quando ela vai comprar o gas que é monopólio do estado ela vai pagar imposto, se for comprar leite, absorvente, ou tratar os dentes, vai pagar imposto.
    Isso sem contar a inflação que é também uma forma de imposto escondida criada pelo estado.

    Não seria mais lucrativo para o cidadão se com menos impostos todos esses itens custassem menos?
    Qual seria o poder de compra de um salario de 600 reais conseguido com um emprego, sem tantos impostos?

    Teríamos aqui um beneficio duplo, porque o governo não precisa distribuir bolsa família, não precisa cobrar tantos impostos o que faz tudo ser mais barato e porque o governo não impede a criação de empregos, eles se multiplicam e as pessoas ao invés de receber 600 reais de bolsa família arruam trabalhos que pagam a partir de 600 reais os quais vão poder comprar produtos mais baratos.

    Sem o estado atrapalhando mais empresas surgem, hora derrubando preços devido a concorrência entre fornecedores, hora sendo aumentando os salários devido a competição pela mão de obra.

    A diferença entre o bolsa família e a liberdade econômica é que no primeiro caso não existe porta de saída e o dinheiro que se da com uma mão se tirou com a outra. No segundo caso temos um mecanismo auto sustentável de criação de renda que além da DIGNIDADE dá ao cidadão no longo prazo a porta de saída da miséria que a esmola nunca dá.

    A esmola mantém o cidadão na dependência, não cria riqueza, somente move riqueza. Já a liberdade econômica cria as condições ideais para a geração de riqueza nova e a perspectiva de oportunidades e aumento de salários no futuro próximo.

    E da mesma forma que o dinheiro do bolsa família nas mãos do povo permite a ele determinar as prioridades de cada individuo ao invés do governo impor que o cidadão precisa de gas ou leite, a liberdade econômica permite ao cidadão a escolha sobre que problemas sociais devem ser atacados primeiro, ao invés de politicos incompetentes e corruptos decidirem isso centralmente.

    Cada empresa nova criada pelo cidadão, existe para resolver um problema social, seja o da necessidade de aguá, esgoto, transporte, alimentação, saúde ou segurança.
    Cada lugar e cada região tem necessidades distintas e o cidadão está mais apto a decidir isso através de oferta e procura, do que o estado através do planejamento central.

    O melhor programa social do estado não é melhor nem mais eficiente do que a criação de empregos, produtos e serviços.
    Por que deveríamos transferir a renda através do governo para esse programa, se podemos deixar a renda ser distribuída através do emprego e da criação de empresas?

    O problema real está no erro de raciocínio de quem aplaude os 600 reais do bolsa família e condena empresários "malvados" querendo pagar menos de 1000 reais pelo trabalho de quem está desempregado.
    O problema é a ideologia, o preconceito e o julgamento que se faz em cada caso.

    Se um politico distribui 600 reais que não pertencem a ele, fazendo falsa caridade com o bolso alheio, muitos por ignorância ou preconceito veem isso como ato de "compaixão". Ao mesmo tempo julgam mal um empresario que do próprio bolso paga um salario de 800 reais e veem isso como um ato de "exploração".

    A culpa está na forma como quem olha ambos os fatos julga cada situação através do preconceito pessoal.
    No fim somos nós e nosso modo de pensar enquanto brasileiros quem fazemos do Brasil EXATAMENTE o que ele é.

    O Brasil real é o espelho do nosso interior.
    Se vivemos numa nação corrupta é porque nossas almas e pensamentos estão corrompidos.
    Mas que besteirada é essa? Não estou te reconhecendo. Os programas dos últimos 2 anos do governo FHC JÁ eram em dinheiro com o cartão do programa e não em espécie e dados para a mulher da casa e num caso desses o bolça família FOI OUTRO NOME PARA OS PROGRAMAS SOCIAIS DO FHC SIM.
  • patolino escreveu: »
    Você tem ótima visão crítica da Política e de Economia. Falando sério, já pensou em se eleger para algum cargo na sua cidade?
    Jamais. Tenho horror só de pensar.
  • editado March 2023
    LaraAS escreveu: »
    Mas que besteirada é essa? Não estou te reconhecendo. Os programas dos últimos 2 anos do governo FHC JÁ eram em dinheiro com o cartão do programa e não em espécie e dados para a mulher da casa e num caso desses o bolça família FOI OUTRO NOME PARA OS PROGRAMAS SOCIAIS DO FHC SIM.
    É, você tem razão. Embora os programas tentassem direcionar o gasto, o governo já pagava em dinheiro com um cartão magnético e não na forma de um vale como eu pensei, o que significa que na pratica o cidadão já conseguia gastar o dinheiro do "gas" com o que quisesse e não necessariamente com o gas.
    Os programas que faziam isso eram pré FHC.
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