Lula sendo reconhecido pelo que é fora do país

Comentários

  • Não deve dar em nada mas é bom que saia no noticiário internacional essa frase aí sobre Lula ser um Chavista.
  • Judas escreveu: »
    Não deve dar em nada mas é bom que saia no noticiário internacional essa frase aí sobre Lula ser um Chavista.

    Teve algo em Portugal martelando ele tbm.
  • A esquerdalha se alia aos criminosos do Irã porque os EUA são contra.
    Fazem o contrário do que os EUA dizem só para não parecer que estão obedecendo aos "imperialistas ianques".
  • Lula apoia a ditadura criminosa da Nicarágua.
    Brasil adota silêncio sobre crimes do regime de Ortega na Nicarágua

    Gestão Lula, que tem história com o país, difere de governos de esquerda e direita da região, como México, Uruguai, Colômbia, Argentina, Chile e Equador, que oferecem cidadania aos apátridas

    Por Janaína Figueiredo — Buenos Aires 05/03/2023


    No começo da década de 1980, o então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva foi à Nicarágua e esteve em contato com dirigentes políticos de peso da região. Em um jantar na casa do escritor Sergio Ramírez — figura de proa da Revolução Sandinista que derrotou a ditadura de Anastasio Somoza, em 1979, e vice-presidente do primeiro governo de Daniel Ortega (1985-1990) — o brasileiro conheceu, entre outros, o então presidente de Cuba, Fidel Castro.

    Mais de 30 anos depois, o retorno de Lula ao Planalto despertou esperanças entre os críticos de Ortega, como Ramírez, alvos da repressão cada vez mais intensa do presidente, que reconquistou o poder em 2007. O silêncio do governo brasileiro sobre abusos do colega nicaraguense, entre eles a política de tirar a cidadania de opositores — repetindo algo que Augusto Pinochet (1973-1990) implementou no Chile — em palavras do escritor, “é tão incompreensível, tão impactante, que se ouve... É constrangedor”.

    Enquanto governos — de esquerda e direita — da região se dispuseram a conceder cidadania aos apátridas nicaraguenses, entre eles Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile, Equador e México, o Brasil de Lula, apesar do mal-estar que fontes do governo admitem que causam os atropelos antidemocráticos cometidos por Ortega, continua sem se posicionar. A repressão a opositores do governo está sendo ampliada. Numa cruzada de Ortega contra a Igreja Católica, 11 padres já foram levados à prisão, e em fevereiro, o regime decidiu libertar 222 dos 245 considerados presos políticos e deportá-los para os Estados Unidos, fazendo com que eles percam a cidadania nicaraguense por decreto, por “traição á Pátria”.

    — Lula conhece muito bem a Nicarágua, e isso torna seu silêncio ainda mais difícil de entender. Eu, pessoalmente, estou desconcertado — admite Ramírez, hoje exilado na Espanha, em entrevista ao GLOBO.
    [...]
    O relatório do grupo de especialistas da ONU fez um chamado aos países que têm vítimas da repressão do governo de Ortega (EUA, Brasil e França) para que iniciem ações legais contra os responsáveis pelos crimes cometidos. Há duas possibilidades: que os países abram processos em suas jurisdições nacionais, ou que, como acontece na Argentina, que a Justiça de outro país investigue os supostos crimes cometidos na Nicarágua.

    — Como são considerados crimes contra a Humanidade, pode existir a jurisdição universal, como aconteceu, por exemplo, com Pinochet — explica Abrão.

    Enquanto o governo Lula continua em silêncio, o autor confesso do assassinato de Raynéia, confirmaram ONGs que investigam a situação na Nicarágua, está livre e recebendo um salário do Estado nacional. A brasileira foi reconhecida como vítima da repressão do governo de Ortega pela CIDH, organismo no qual o governo Lula pretende conseguir sua primeira importante vitória no âmbito da governança regional.
    https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/03/brasil-adota-silencio-sobre-crimes-do-regime-de-ortega-na-nicaragua.ghtml
  • Woody Allen falou disto em seu filme "Bananas": revoluções derrubando ditaduras para se tornar a nova ditadura.
    A esquerda brasileira finge não notar que os guerrilheiros que derrotaram governos ditatoriais tornaram-se ditadores tão sanguinários quanto os que derrubaram

    Por Merval Pereira 09/03/2023

    ortega.jpg
    O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, vem reprimindo organizações que o governo acusa de tentar derrubá-lo Cesar Perez / Presidência da Nicarágua / via AFP

    A esquerda brasileira, confrontada com a realidade, revela-se anacrônica e hipócrita. O presidente do Chile, o esquerdista Gabriel Boric, tem deixado explícita essa diferença ao assumir posições independentes em relação à Nicarágua, chamando claramente Daniel Ortega de ditador, e solidarizando-se com os opositores perseguidos e destituídos da nacionalidade nicaraguense.

    O Brasil, por seu lado, recusou-se a assinar um documento da ONU em que 54 países repudiam as perseguições políticas, a falta de liberdade de imprensa e de livre pensamento e os abusos aos direitos humanos que caracterizam hoje a Nicarágua como uma ditadura.

    Boric enviou pelo Twitter “um abraço afetuoso” aos escritores Gioconda Belli e Sergio Ramírez, à ativista feminista Sofía Montenegro e ao jornalista Carlos Fernando Chamorro Barrios, todos perseguidos pela ditadura nicaraguense.

    O escritor Sergio Ramírez, que participou ativamente da Revolução Sandinista, tendo sido o primeiro vice de Ortega depois do movimento, está exilado na Espanha. Ele participou no ano passado das comemorações dos 125 anos da Academia Brasileira de Letras e acusou o governo da Nicarágua de perseguir os intelectuais ao fechar a Academia Nicaraguense da Língua e várias instituições culturais.

    Após sofrer críticas no plano internacional, e mesmo internamente, até no próprio PT, o governo apresentou na Organização das Nações Unidas (ONU) documento em que expressa, em linguagem cautelosa, preocupação com denúncias “de graves violações de direitos humanos e de restrições ao espaço democrático” e colocou-se à disposição para acolher os dissidentes da ditadura, o que já havia sido feito pelo governo também de esquerda de Alberto Fernández na Argentina.

    Dentro do PT, o membro do Diretório Nacional do partido Alberto Cantalice publicou tuítes classificando de ditaduras os governos de Venezuela, Cuba e Nicarágua, provocando reação de seus correligionários. Foi desqualificado como representante do PT e retirou Cuba do rol das ditaduras, alegando que o país tem uma história de luta contra os Estados Unidos que deve ser levada em conta.

    Não é preciso ser um direitista radical para constatar que Cuba é uma ditadura. Foi o que o Prêmio Nobel José Saramago fez após o governo cubano ter fuzilado três cidadãos que tentaram fugir da ilha. Já o presidente Lula foi capaz de, em 2010, visitando Cuba, comparar um preso político que morreu devido a uma greve de fome a criminosos comuns.

    Lula já disse que teve muito orgulho de abraçar Ortega na comemoração da Revolução Sandinista. A esquerda brasileira finge não notar que os guerrilheiros que derrotaram governos ditatoriais como os de Fulgencio Batista, em Cuba, ou Anastasio Somoza, na Nicarágua, tornaram-se ditadores tão sanguinários quanto os que derrubaram.
    https://oglobo.globo.com/blogs/merval-pereira/coluna/2023/03/transtorno-de-imagem.ghtml
  • Irã é "criminoso" pq "magoou" o Tio Sam... se se comportasse como o Qatar e Arábia Saudita, seria "bem visto".
  • Fernando_Silva escreveu: »
    Woody Allen falou disto em seu filme "Bananas": revoluções derrubando ditaduras para se tornar a nova ditadura.
    A esquerda brasileira finge não notar que os guerrilheiros que derrotaram governos ditatoriais tornaram-se ditadores tão sanguinários quanto os que derrubaram

    Por Merval Pereira 09/03/2023

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    O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, vem reprimindo organizações que o governo acusa de tentar derrubá-lo Cesar Perez / Presidência da Nicarágua / via AFP

    A esquerda brasileira, confrontada com a realidade, revela-se anacrônica e hipócrita. O presidente do Chile, o esquerdista Gabriel Boric, tem deixado explícita essa diferença ao assumir posições independentes em relação à Nicarágua, chamando claramente Daniel Ortega de ditador, e solidarizando-se com os opositores perseguidos e destituídos da nacionalidade nicaraguense.

    O Brasil, por seu lado, recusou-se a assinar um documento da ONU em que 54 países repudiam as perseguições políticas, a falta de liberdade de imprensa e de livre pensamento e os abusos aos direitos humanos que caracterizam hoje a Nicarágua como uma ditadura.

    Boric enviou pelo Twitter “um abraço afetuoso” aos escritores Gioconda Belli e Sergio Ramírez, à ativista feminista Sofía Montenegro e ao jornalista Carlos Fernando Chamorro Barrios, todos perseguidos pela ditadura nicaraguense.

    O escritor Sergio Ramírez, que participou ativamente da Revolução Sandinista, tendo sido o primeiro vice de Ortega depois do movimento, está exilado na Espanha. Ele participou no ano passado das comemorações dos 125 anos da Academia Brasileira de Letras e acusou o governo da Nicarágua de perseguir os intelectuais ao fechar a Academia Nicaraguense da Língua e várias instituições culturais.

    Após sofrer críticas no plano internacional, e mesmo internamente, até no próprio PT, o governo apresentou na Organização das Nações Unidas (ONU) documento em que expressa, em linguagem cautelosa, preocupação com denúncias “de graves violações de direitos humanos e de restrições ao espaço democrático” e colocou-se à disposição para acolher os dissidentes da ditadura, o que já havia sido feito pelo governo também de esquerda de Alberto Fernández na Argentina.

    Dentro do PT, o membro do Diretório Nacional do partido Alberto Cantalice publicou tuítes classificando de ditaduras os governos de Venezuela, Cuba e Nicarágua, provocando reação de seus correligionários. Foi desqualificado como representante do PT e retirou Cuba do rol das ditaduras, alegando que o país tem uma história de luta contra os Estados Unidos que deve ser levada em conta.

    Não é preciso ser um direitista radical para constatar que Cuba é uma ditadura. Foi o que o Prêmio Nobel José Saramago fez após o governo cubano ter fuzilado três cidadãos que tentaram fugir da ilha. Já o presidente Lula foi capaz de, em 2010, visitando Cuba, comparar um preso político que morreu devido a uma greve de fome a criminosos comuns.

    Lula já disse que teve muito orgulho de abraçar Ortega na comemoração da Revolução Sandinista. A esquerda brasileira finge não notar que os guerrilheiros que derrotaram governos ditatoriais como os de Fulgencio Batista, em Cuba, ou Anastasio Somoza, na Nicarágua, tornaram-se ditadores tão sanguinários quanto os que derrubaram.
    https://oglobo.globo.com/blogs/merval-pereira/coluna/2023/03/transtorno-de-imagem.ghtml

    A Glbo se posando de paladina da liberdade só pode ser piada.
    Allen poderia falar do 1776... os EUA romperam com os ingleses, alegando colonialismo e abuso de poder
    e no final os EUA se tornaram a "Nova Inglaterra".
    Aliás... os EUA poderiam pedir perdão à antiga metrópole por chamá-la de opressora
  • Fernando_Silva escreveu: »
    A esquerdalha se alia aos criminosos do Irã porque os EUA são contra.
    Fazem o contrário do que os EUA dizem só para não parecer que estão obedecendo aos "imperialistas ianques".

    Ser contra o Irão só por os EUA, estupidamente, se lhes opõem é o cúmulo da imbecilidade.

    Entretanto, o mundo multipolar exerce influência que faz aproximar Irão da Arábia Saudita. Se isto funcionar, mais um prego no caixão da civilização ocidental liderado por imbecis.
  • Brasil deve ser livre e independente, logo jamais poderá estar no lado dos EUA.

    Quer se goste ou não, os EUA não têm regras, nem respeito por nenhum povo. Só o interesse próprio os move. Aliás, o interesse do capital, sem sequer aplicar-se a uma ideia de civilização e destino comum.

    Nota: é com pesar que observo os EUA na lama. A ideia de ter tiranos a dominar o mundo não é apelativa, mas a ideia de respeito mútuo é boa.
  • Chegaro os epesialistas em EUA...
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