Trabalho Não-Remunerado Ou Ócio Hiper-Remunerado: Por Que Serviço Doméstico Não é Realmente Trabalho

https://tradutorbastardo.blogspot.com/2018/08/trabalho-nao-remunerado-ou-ocio-hiper.html

Algumas passagens dessa postagem:
 Eu mostrarei que quase toda parte da sabedoria convencional acerca do assim denominado 'trabalho não-remunerado' das mulheres em casa é enganoso. Tarefas domésticas realizadas pelas esposas não são, como afirma a sapiência feminista, 'trabalho não-remunerado'. Pelo contrário, longe de ser não-remunerado, ele é de fato hiper-remunerado - e, para donas-de-casa casadas com homens de posses, geralmente de maneira estupenda.Mais importante, eu argumentarei que tarefas domésticas, quando realizadas em sua própria casa, e cuidados infantis, quando realizados em respeito aos próprios filhos, não são o tipo de atividades para as quais alguém deveria se considerar no direito de demandar remuneração para início de assunto.De fato, um caso forte pode ser feito sobre que o serviço doméstico e o cuidado infantil deste tipo não deve ser propriamente considerado 'trabalho' afinal - ao menos no sentido ordinário no qual esta palavra é tipicamente utilizada. Pelo contrário, é mais análogo a um passatempo ou a busca de um lazer. Certamente, não deve ser considerado trabalho (e não deve ser conferidora de salário) mais que atividades como lavar detrás das orelhas ou fazer aviões de papel no tempo livre.Portanto, eu argumento que serviço doméstico efetuado por mulheres casadas em suas próprias casas e cuidados infantis quando realizados em respeito aos próprios filhos não representam muito bem, como afirmam as feministas, 'trabalho não remunerado', mas uma indolência hiper-remunerada.
De fato, serviço doméstico e cuidado infantil são comumente feitos em troca de um salário - a saber, quando são feitos ou fora de casa ou, mais comumente, na casa de outrem, tipicamente por empregados domésticos, criados, guardiões de crianças e babás (apesar de que mesmo assim o salário é relativamente baixo, refletindo a natureza segura, não-qualificada e pouco exigente do trabalho envolvido).Certamente, se comparado com muitas formas de trabalho remunerado fora de casa, tarefas domésticas são fáceis, seguras, agradáveis e livres de estresse. Afinal de contas, serviço doméstico geralmente envolve trabalho seguro e sem qualificação que, quando realizado fora da própria casa, é apenas modestamente remunerado pelo mercado de trabalho. Ele não requer nem a habilidade ou perícia de ocupações profissionais, nem implica a exerção física ou perigo de ocupações de trabalho manual, como mineração de carvão, solda ou construção civil.Além disso, ao contrário de alguém trabalhando fora de casa, uma dona-de-casa realiza serviço doméstico na segurança, conforto e proteção de sua própria casa e não existe empregado, supervisor ou gerente constantemente olhando pelo seu ombro, te falando que trabalho fazer, como fazer ou quando ele deve ser feito.
Porém, esses pontos já foram abordados por outros. De fato, desde 1915, o autor, poeta e ensaísta G. K. Chesterton escreveu em um ensaio largamente esquecido, com humor e perceptividade característicos:
Elas [as feministas] dizem eternamente … que a mulher ordinária é sempre um burro de carga. E o que, em nome dos Nove Deuses, é o homem ordinário? Estas pessoas parecem pensar que o homem comum é um Ministro de Gabinete … Duques, talvez, não sejam burros de carga; mas, daí, nem as duquesas o são. As Moças e Rapazes da Alta Sociedade são bastante livres para a alta cultura, que consiste principalmente de dirigir e jogar Bridge. Mas o homem ordinário que tipifica e constitui os milhões que constroem nossa civilização não é mais livre para a alta cultura que sua esposa. De fato, ele não é tão livre assim.Dos dois sexos, a mulher é a que está numa posição mais poderosa. Pois a mulher média está na cabeça de algo que ela pode fazer como bem deseja; o homem médio deve obedecer ordens e nada mais. Ele tem que colocar um tijolo fosco sobre o outro, e nada mais; ele tem que adicionar uma figura fosca a outra, e nada mais. O mundo da mulher é menor, talvez, mas ela pode alterá-lo. A mulher pode falar ao lojista com quem ela trata algumas coisas realistas sobre ele mesmo. O vendedor que faz isso para o gerente geralmente toma um pé na bunda, ou devemos dizer (para evitar o vulgarismo) encontra-se livre para a alta cultura. Acima de tudo … a mulher faz um trabalho que é em algum pequeno grau criativo e individual. Ela pode colocar as flores ou a mobília em arranjos extravagantes de próprio estro. Eu temo que o pedreiro não possa colocar os tijolos em arranjos extravagantes próprios dele, sem desastres para si mesmo e para os outros. Se a mulher está apenas colocando uma emenda num carpete, ela pode escolher a coisa acerca da cor. Temo que o mesmo não seria para o rapaz despachando um pacote escolher suas estampas olhando a cor; preferir malva tenra de seis pence a escarlate cru de um penny. Uma mulher cozinhando pode nem sempre estar cozinhando artisticamente; mesmo assim ela pode cozinhar artisticamente. Ela pode introduzir uma alteração pessoal e imperceptível na composição de uma sopa. Um funcionário não é encorajado a introduzir uma alteração pessoal e imperceptível nas cifras de uma caderneta. 7

 

Comentários

  • editado August 2018
    Cuidar da própria casa e dos próprios filhos não é uma opção, é uma necessidade e uma obrigação.
    Casada ou não, a pessoa tem que fazer essas coisas.
    Ela está cuidando do que é dela, em benefício próprio.
    Se não o fizer, terá que pagar a alguém para fazer.
  • É questão de opção se prefere ter o trabalho de lavar o prato ou comer no prato sujo. Se prefere ter o trabalho de varrer a casa ou andar pela casa suja. E o homem solteiro? Ele também tem o direito de ser remunerado por dupla jornada?
  • Ainda bem que o mundo é governado e legislado pelos homens.
  • Aí eu já não concordo, pois a parte do trabalho doméstico que um esposa faz quando arruma para o marido, é um trabalho doméstico feito para OUTRA PESSOA, não para sí mesma, se fosse para si mesma, ela iria ter só METADE do trabalho, e digamos que tenha dois filhos, na MELHOR das hipóteses teria 3 vezes a mais de trabalho (mas cuidar de filhos geralmente é muito mais do que isso). Tá certo que já há as pensões em casos de aposentadoria e divórcio (e por isso que eu sou contra desse aspecto da reforma da previdência, de que se a mulher tem sua própria aposentadoria, não deve ganhar pensão de aposentadoria nos casos a partir de agora, não concordo, deveria continuar a ganhar pensão sim, inclusive nesses casos. Mas vocês acham que as feministas oficiais estão preocupados com isso? Estão nada! Se toleram até aquela Colette não sei que, que naquele livro absurdo dela "complexo de Cinderela" chamou as donas de casa de vagabundas! Se as feministas oficias toleram até algumas "feministas" que são a favor da excisão de clítoris! E que no caso do Brasil, não fazem nada para nem COMEÇAR um movimento abolicionista da prostituição como na Suecia e na Noruega e que são multas e só aos CLIENTES o que na minha opinião para evitar preconceito às avessas é só que isso seja extendido para os (as) clientes de prostitutos também, mas aí já há outro problema, que é a união das feministas oficiais com o movimentos gay e transexual, que faz com que elas nem se importem com mulheres biológicas que podem sofrer abuso sexual em banheiros, albergues, hosteis e até em QUARTOS DE HOSPITAIS! da parte de homens transexuais que primeiro dizem que são mulheres e que depois se dizem"lésbicas" em cima disso e existem tipos assim, sem falar de simples homos ou bis que podem se fantasiar de mulheres, só para abusar, já houve algunos casos assim nos EUA antes do Trump acabar com esse absurdo (depois ainda dizem que o Trump que é machista!). E além disso usam indevidamente testes fisicamente mais facies em esportes e o que é pior para serem policia, e do exercito (isso nos EUA acabou no governo Trump, depois dizem que o Trump é que é machista!) Depois o pessoal de esquerdona não entende porque metade das mulheres votam no Trump e no Bolsonaro!
  • LaraAS disse: Aí eu já não concordo, pois a parte do trabalho doméstico que um esposa faz quando arruma para o marido, é um trabalho doméstico feito para OUTRA PESSOA, não para sí mesma, se fosse para si mesma, ela iria ter só METADE do trabalho, e digamos que tenha dois filhos, na MELHOR das hipóteses teria 3 vezes a mais de trabalho (mas cuidar de filhos geralmente é muito mais do que isso).
    Depende. Se a mulher também trabalha fora, o marido deve ajudar nas tarefas domésticas ou pagar pelo trabalho da mulher.

    Por outro lado, se a mulher não trabalha fora, o trabalho doméstico fica sendo a parte que cabe a ela, cabendo ao marido trazer o dinheiro (o que não impede que ele participe quando estiver em casa).

  • O homem já paga pelo serviço doméstico da mulher quando precisa trabalhar mais alguns anos para se aposentar. Fica ele, por tanto, desobrigado de lavar ou secar a louça
  • Resposta à Encosto: Isso não tem a ver, pois na verdade isso tem a ver com a menor força física da mulher, que fez que o trabalho fora seja mais penoso para a mulher.
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